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As integrações via API, Interfaces de Programação de Aplicativos, contribuem para o ganho de eficiência no uso de tecnologias pelas empresas. Funcionando como pontes, elas facilitam a comunicação entre diferentes sistemas, viabilizando a troca de dados em tempo real e de forma totalmente automatizada.

Essa interconexão, possibilita a criação de soluções mais completas e personalizadas, além de otimizar processos internos e externos em organizações de diferentes portes e segmentos de mercado.

Neste artigo especial sobre integrações via API, você vai explorar os conceitos básicos envolvendo as integrações, os benefícios, desafios e estratégias de implementação. Além de esclarecer as dúvidas mais comuns, mostraremos como essa tecnologia pode transformar a maneira como as empresas operam e interagem com seus clientes. Confira!

O que é uma API?

API é a sigla para Interface de Programação de Aplicativos e pode ser definida como um conjunto de regras e protocolos que permitem que diferentes programas de software se comuniquem e interajam entre si.

Essa interface funciona como uma espécie de intermediário que traduz as solicitações de um programa para outro, facilitando a troca de dados e informações.

As APIs estão presentes nos aplicativos de mapas, nas redes sociais, nos serviços de streaming e no comércio eletrônico. No caso dos e-commerces, as APIs são responsáveis, por exemplo, por processar pagamentos e gerenciar os estoques. Os aplicativos de mapas, por sua vez, usam APIs para buscar rotas, localizar endereços e exibir mapas.

Quais os tipos de API?

Objetivamente, podemos dizer que as APIs funcionam como se fossem cabos que ligam diferentes sistemas e softwares, permitindo que eles se comuniquem e troquem dados e informações.

Neste universo, existem diferentes tipos de API, como as do tipo web, de banco de dados, sistema operacional e de programação. A seguir, explicamos melhor cada uma delas, suas principais características e aplicações. Confira!

API web

As APIs tipo web são interfaces de programação de aplicações projetadas especificamente para a comunicação entre sistemas na web. Entre suas características, merecem destaque: acesso e operações via HTTP, formato de dados leve e textuais, stateless e arquitetura RESTful. Entenda!

Acesso e operação via HTTP

As APIs web utilizam o protocolo HyperText Transfer Protocol (HTTP), o mesmo protocolo utilizado para carregar páginas da web. Isso significa que elas podem ser acessadas por meio de navegadores ou qualquer outro cliente HTTP.

Elas também empregam métodos HTTP para realizar diferentes tipos de operações, como buscar dados, criar novos registros, atualizar informações existentes e excluir dados.

Formato de dados leves e textuais

Em geral, as APIs web utilizam formatos de dados leves e textuais para representar as informações trocadas, como JavaScript Object Notation (JSON) ou eXtensible Markup Language (XML).

Stateless

APIs web são stateless, o que significa que cada requisição é independente e não mantém estado entre as interações. Portanto, cada chamada à API precisa conter todas as informações necessárias para processar a solicitação.

Arquitetura RESTful

Muitas APIs web seguem os princípios da arquitetura Representational State Transfer (RESTful), que enfatiza a utilização de recursos identificáveis por URLs, a utilização de métodos HTTP e a transferência de representações de estado.

Neste estilo de arquitetura para sistemas de software distribuídos, é definido um conjunto de regras e padrões que, quando seguidos, resultam em aplicações web mais simples, escaláveis e eficientes.

API de banco de dados

As APIs do tipo de banco de dados são interfaces projetadas especificamente para interagir com SGBDs. Elas permitem que diferentes aplicativos e softwares acessem, manipulem e gerenciem os dados armazenados em um banco de dados.

Entre suas principais características destacamos a capacidade de realizar diversas operações sobre os dados, como consultar, inserir, atualizar e excluir registros.

Como o uso de dados é a base do seu funcionamento, elas têm capacidade de suportar diferentes tipos de dados, como números, texto, datas e objetos, permitindo o armazenamento de informações variadas

Ainda, elas usam linguagens específicas como o Structured Query Language (SQL) ou linguagens proprietárias de cada SGBD.

API de sistema operacional

A API do tipo sistema operacional é como um tradutor entre os programas utilizados e o hardware do computador.

Ela define um conjunto de funções e rotinas que permitem que os aplicativos se comuniquem diretamente com o sistema operacional, acessando recursos como a memória, o processador, dispositivos de entrada e saída — como teclado, mouse e impressoras — e outros componentes do sistema.

Entre suas características, destacam-se a abstração, eficiência, padronização, portabilidade e segurança. Entenda!

  • Abstração — interface simples e uniforme para os desenvolvedores, que esconde a complexidade do hardware.
  • Eficiência — oferece alto desempenho otimizando o uso dos recursos do sistema.
  • Padronização — muitas APIs de sistema operacional são padronizadas, o que facilita a criação de software compatível com diferentes plataformas.
  • Portabilidade — característica que permite que os aplicativos sejam executados em diferentes sistemas operacionais, com poucas ou nenhuma modificação. Para isso, a API precisa ser implementada de maneira semelhante.
  • Segurança — as APIS de sistema operacional implementam camadas de segurança como medida de proteção do sistema e dos dados dos usuários.

API de programação

São API que oferecem conjuntos de funções e classes para realizar tarefas específicas em uma determinada linguagem de programação. Muitas APIs desse tipo são fornecidas na forma de bibliotecas e frameworks.

Este tipo de API funciona como uma espécie de contrato que define a forma como um programa pode solicitar serviços de outro programa. Elas também possuem características específicas como abstração, padronização, reutilização, modularidade e flexibilização.

Uma das principais características é a abstração, que tem a função de simplificar a interação com sistemas complexos, expondo apenas as funcionalidades necessárias para o desenvolvedor. Essa abstração permite que os programadores se concentrem na lógica do seu aplicativo, sem se preocupar com os detalhes de implementação interna.

Além da abstração, as APIs promovem a reutilização de código, o que economiza tempo e esforço no desenvolvimento de novos projetos. Dividindo um sistema em módulos menores e mais gerenciáveis, as APIs de programação facilitam a manutenção e o desenvolvimento de software, uma vez que as alterações podem ser feitas de forma mais isolada.

A padronização é outro aspecto importante, pois permite que diferentes sistemas e tecnologias se comuniquem com agilidade, facilitando a integração. Por fim, a flexibilidade permite que os sistemas sejam adaptados e evoluídos de forma mais fácil, sem a necessidade de reescrever todo o código.

O que são as integrações via APIs e como funcionam?

As integrações via APIs funcionam como cabos digitais que conectam diferentes sistemas e aplicações, permitindo que eles se comuniquem e troquem dados de forma automatizada.

O processo de funcionamento dessas integrações é simples, um sistema envia uma solicitação a outro sistema por meio da API, como se estivesse fazendo uma pergunta.

O sistema recebe a solicitação, processa a informação e retorna uma resposta, como se estivesse respondendo à pergunta. Essa troca de informações ocorre de forma rápida e eficiente.

Para você entender como isso acontece na prática, vamos imaginar exemplos reais de aplicação dessa tecnologia. Como mencionado, no e-commerce, as APIs são utilizadas para integrar plataformas de pagamento, sistemas de logística e ferramentas de marketing, otimizando o processo de compra e entrega.

Em sistemas de gestão, elas possibilitam a integração de sistemas de CRM, ERP e contabilidade, proporcionando uma visão unificada dos negócios. Nos aplicativos móveis usados em smartphones e tablets, elas são utilizadas para integrar redes sociais, serviços de localização e sistemas de pagamento, oferecendo uma experiência mais rica e personalizada.

Vamos avaliar como ocorre uma integração, na prática? Imagine a integração entre uma loja virtual e uma plataforma de pagamento. A loja virtual faria uma solicitação à API da plataforma de pagamento para processar um pagamento. A API da plataforma de pagamento, por sua vez, processaria o pagamento e retornaria um resultado (aprovado ou rejeitado) para a loja virtual.

Perceba que é um processo aparentemente simples e dinâmico (e é assim que deve ser), no entanto, ele envolve uma série de procedimentos e cuidados os quais serão explorados adiante.

Quais os benefícios das integrações via APIs?

As integrações via API impulsionam a eficiência e a inovação em diversas áreas. Graças à conexão entre diferentes sistemas e aplicações, as APIs permitem a automatização de processos que antes eram realizados manualmente, reduzindo a margem de erro e aumentando a produtividade.

Outro fator de alto impacto é a integração de dados provenientes de diversas fontes, que possibilita a criação de análises mais completas e precisas, embasando a tomada de decisões estratégicas nas empresas.

A experiência do usuário também é significativamente beneficiada pelas integrações via API, à medida que elas permitem a personalização de serviços e a entrega de informações em tempo real.

Com as APIs, diferentes sistemas podem compartilhar informações de forma fluida e rápida, promovendo a colaboração e a agilidade nos negócios. Eliminando a necessidade de redigitar dados ou transferir informações manualmente entre sistemas, a integração economiza tempo e recursos, além de garantir a integridade dos dados.

Graças às integrações via API, os desenvolvedores conseguem construir ecossistemas digitais conectados e dinâmicos, o que se traduz em inovação e transformação digital nas empresas.

Quais os desafios a serem superados?

Embora ofereçam muitos benefícios, as APIs também têm seus desafios, que vão desde a complexidade técnica até problemas de documentação. Para os desenvolvedores, além de conhecer é preciso saber como lidar com essas dificuldades.

Complexidade técnica

A integração demanda conhecimentos técnicos profundos, incluindo programação, protocolos de comunicação, segurança e arquitetura de sistemas. A variedade de tecnologias e padrões utilizados pode tornar o processo ainda mais complexo e desafiador.

Compatibilidade

Integrar APIs de diferentes fornecedores pode apresentar desafios de compatibilidade, como formatos de dados diferentes, protocolos de comunicação incompatíveis e diferenças nas estruturas de dados.

Documentação

Outro desafio comum é a ausência de documentação clara e completa sobre as APIs, o que pode dificultar a integração e o desenvolvimento de novos aplicativos.

Escalabilidade

O volume crescente de solicitações pode ser um problema, por isso, as APIs precisam ser capazes de lidar com essas informações, mantendo um desempenho consistente mesmo quando há uma grande quantidade de dados sendo trocados.

Gerenciamento

À medida que as empresas adotam mais APIs, o gerenciamento se torna cada vez mais complexo. Neste cenário, é preciso garantir a compatibilidade, a segurança e o desempenho das integrações, além de lidar com as frequentes atualizações e mudanças.

Governança

A implementação de políticas e processos de governança é outro aspecto chave já que elas são uma forma de garantir o uso adequado das integrações, controlando os acessos e monitorando o desempenho.

Manutenção

A empresa precisa estar ciente da necessidade de investir em manutenção contínua das integrações a fim de corrigir bugs, adicionar novas funcionalidades e garantir a compatibilidade com as mudanças nos sistemas.

Segurança

A exposição de dados por meio de APIs exige um alto nível de segurança. Os desenvolvedores precisam protegê-las contra ataques como injeção de SQL, cross-site scripting e outros tipos de vulnerabilidade.

Como superar esses desafios?

A implementação de integrações via APIs requer um planejamento cuidadoso e a adoção de uma série de cuidados para garantir o sucesso do projeto. O primeiro passo é definir claramente os objetivos da integração, identificar as APIs necessárias e elaborar um plano de implementação detalhado.

A escolha das ferramentas de gerenciamento também é relevante, pois elas facilitam a criação, publicação e monitoramento das APIs, otimizando o processo.

A segurança é um aspecto crítico nas integrações, neste contexto é preciso implementar medidas de alto impacto como autenticação, autorização e criptografia, a fim de proteger os dados e evitar acessos não autorizados.

Somado a isso, a realização de testes completos ajuda a garantir a funcionalidade, o desempenho e a segurança. Uma documentação clara e completa, incluindo exemplos de uso e códigos de exemplo, facilita a utilização por outros desenvolvedores e agiliza a resolução de eventuais problemas.

Para garantir o sucesso da implementação no médio e longo prazo, é necessário monitorar continuamente o desempenho das APIs, atuando proativamente na identificação e correção de problemas.

A colaboração entre as equipes de desenvolvimento, segurança e negócios também é uma base para alinhar as expectativas e garantir que as APIs atendam às necessidades do negócio.

Como são implementadas as integrações via APIs?

A implementação varia de acordo com a complexidade da integração e as tecnologias envolvidas. De forma geral, é um processo que inclui etapas, entre as quais, destacamos:

Fase inicial de planejamento e design

A implementação bem-sucedida de integrações via APIs requer um planejamento cuidadoso e um design estratégico. A primeira etapa consiste em definir os objetivos da integração, ou seja, quais sistemas serão conectados e quais dados serão compartilhados entre eles.

Nesta fase, é necessário estabelecer os requisitos de performance e segurança, garantindo que a integração seja eficiente e segura. Em seguida, é preciso identificar as APIs disponíveis para os sistemas que serão integrados, avaliando sua documentação, funcionalidades e limites de uso.

A escolha das APIs adequadas é necessária para garantir a compatibilidade e o bom funcionamento da integração. Por fim, o design da arquitetura define como os sistemas se comunicarão, quais protocolos serão utilizados (como REST, SOAP ou GraphQL) e como os dados serão formatados (em JSON ou XML, por exemplo). Essa etapa garante a interoperabilidade e a escalabilidade da solução.

Processo de desenvolvimento

A fase de desenvolvimento envolve a construção dos componentes que farão a comunicação entre os sistemas. Inicialmente, são implementados mecanismos de autenticação e autorização para controlar o acesso às APIs.

Isso pode ser feito por meio de chaves API, tokens de acesso ou protocolos como OAuth, garantindo que apenas os usuários autorizados possam acessar os recursos.

Em seguida, é necessário construir os endpoints nas APIs, que são os pontos de entrada para as solicitações dos outros sistemas. Cada endpoint deve ser projetado para receber e processar um tipo específico de solicitação, retornando a resposta adequada.

Durante o desenvolvimento, é necessário implementar mecanismos de tratamento de erros para lidar com situações inesperadas, como falhas de conexão ou dados inválidos. Mensagens de erro claras e códigos de status HTTP auxiliam na depuração e resolução de problemas.

Por fim, a fase de teste garante que as APIs funcionem corretamente e atendam aos requisitos. Testes unitários e de integração devem ser realizados para verificar a funcionalidade de cada componente e a interação entre os sistemas.

Implementação do projeto

A etapa de implementação envolve a configuração dos ambientes de desenvolvimento, testes e produção para suportar as integrações. É preciso garantir que todos os componentes necessários estejam configurados corretamente e que a comunicação entre os sistemas estejam funcionando como esperado.

Deploy e monitoramento

A fase final do processo de integração envolve o deploy das APIs no ambiente de produção, tornando-as disponíveis para uso pelos sistemas integrados.

Lembrando que o deploy se refere ao processo de colocar uma API em produção, ou seja, torná-la acessível para outros sistemas ou aplicações. Ela consiste em uma das etapas finais do desenvolvimento, já que representa o momento em que a solução é disponibilizada no ambiente de produção e passa a receber solicitações e fornecer respostas.

Após o deploy, é recomendado monitorar continuamente o desempenho das APIs para identificar possíveis gargalos, como aumento excessivo de requisições ou lentidão no processamento.

O monitoramento também permite garantir a alta disponibilidade, evitando interrupções. Para facilitar a gestão e a evolução é recomendado implementar um sistema de gerenciamento de versões.

Essa prática permite controlar as diferentes versões das APIs, acompanhar as mudanças realizadas e garantir a compatibilidade com os sistemas integrados, evitando problemas de interoperabilidade e eventuais falhas que impactem na rotina dos usuários.

Quais são os principais pontos a considerar durante a implementação?

Os desenvolvedores precisam estar cientes de que a implementação de integrações via API requer atenção a diversos aspectos. A segurança é um ponto que merece destaque e deve ser priorizada desde o início do desenvolvimento.

Investir em mecanismos de autenticação e autorização robustos ajudam a proteger as APIs de tentativas de acesso não autorizados, o que é indispensável para a manutenção da confidencialidade dos dados.

Outro cuidado é com a escalabilidade, as APIs devem ser projetadas para serem escaláveis, considerando o potencial crescimento do volume de solicitações ao longo do tempo. Uma arquitetura bem planejada e o uso de tecnologias adequadas podem garantir que as integrações consigam suportar um aumento significativo na demanda sem comprometer o desempenho.

A manutenção é outro ponto de atenção como mencionamos no tópico anterior, as manutenções ajudam a promover a longevidade da solução. Manter a documentação atualizada, utilizar boas práticas de desenvolvimento e adotar ferramentas de versionamento são ações que promovem a evolução e viabilizam a correção de eventuais problemas.

O desenvolvedor precisa ter em mente que todas as ações precisam ser combinadas a fim de que o desempenho da API seja o melhor possível, já que é esse desempenho que determina a satisfação dos usuários.

Integrações lentas e com respostas imprevisíveis podem prejudicar a experiência do usuário e impactar negativamente os seus negócios. Assim, é indispensável pensar em formas de otimizar o desempenho, utilizando técnicas como cache, minificação e compressão de dados.

Ressalvamos que a minificação e compressão de dados são técnicas utilizadas para reduzir o tamanho dos arquivos, tornando-os mais leves e agilizando o processo de carregamento e transferência de dados. No contexto de APIs, essas técnicas são especialmente importantes para melhorar o desempenho, reduzir o tempo de resposta e otimizar o uso de banda.

Como você pode ver, todo o processo de implementação de integrações via API exige conhecimento técnico e um planejamento cuidadoso, considerando as demandas específicas do projeto e a escolha das ferramentas mais adequadas.

Seguindo as etapas de planejamento, desenvolvimento, implementação e monitoramento, é possível criar integrações de alta qualidade com eficiência superior, capazes de conectar diferentes sistemas, impulsionando a inovação nas empresas.

Lembre-se que a segurança, a escalabilidade, a manutenibilidade e o desempenho são as bases para o sucesso de qualquer projeto de integração via API.

Dedicando-se ao projeto e investindo em soluções inteligentes e alinhadas com as demandas do negócio, as empresas podem otimizar processos, reduzir custos e aumentar a agilidade em suas atividades diárias.

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Fonte: Valuehost

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