O tema diversidade no ambiente de negócios foi amplamente discutido durante a 15ª edição da Semana do Microempreendedor Individual (MEI), promovida pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Pará (Sebrae/PA) até esta sexta (24), em Belém. “Incluir temas ligados à diversidade e à inclusão na Semana do MEI significa proporcionar representatividade aos grupos historicamente à margem, além da oportunidade de mostrar a sua essência por meio dos negócios”, comenta Péricles Carvalho, coordenador da Semana do MEI. Ele ressalta que, essa ação estimula a geração de renda, independência emocional e financeira e o empoderamento, além de gerar conhecimento e conscientização na sociedade como um todo.
Péricles pontuou também que é importante que todos tenham as mesmas oportunidades e condições de desenvolvimento. A pluralidade é um dos eixos prioritários trabalhados pela instituição para a COP 30.
Olivia Empreende na Semana do MEI
Na quinta-feira (23), no espaço Histórias de “Gente que inspira”, o presidente da ONG Olívia, Marcos Mello, falou sobre a sua experiência no projeto Olivia Empreende. “No início do ano, nós realizamos uma pesquisa com empreendedores LGBT+ da Região Metropolitana de Belém e agora vamos para a segunda etapa que são as mentorias e cursos que os empreendedores LGBTs poderão ter acesso aqui no Sebrae, de acordo com o seu segmento e com a sua atuação”.
Marcos destacou que ao falar sobre diversidade e inclusão, além da população LGBT+, a temática estimula também o respeito e igualdade a outros grupos sub-representados como pessoas pretas, pessoas com deficiência, indígenas e quilombolas. “O nosso objetivo, a partir dessa discussão, é estimular uma sociedade que respeite a todas as pessoas”, frisou o presidente da ONG Olivia.
Heitor Sebá é ceramista e artista plástico, participou da palestra e destacou que o empreendedorismo é uma forma de dignidade para quem trabalha no ramo.
“Tenho uma particularidade com a cerâmica que ela me ensina muito sobre a vida. O empreendedorismo é uma forma de trabalharmos com o que a gente gosta, nos respeitando e sendo uma possibilidade de trabalharmos com nossos semelhantes, é uma forma de dignidade, da pessoa entender o que ela gosta de fazer”.