A dificuldade de acesso ao crédito ainda é um entrave para que os microempreendedores individuais mineiros consigam ter êxito no negócio, independentemente do setor em que atuam. Segundo pesquisa realizada pelo Sebrae Minas, sete a cada 10 empreendedores esbarram em obstáculos como burocracias excessivas das instituições financeiras, CPF negativado, falta de garantias ou avalistas e incapacidade de pagamento com base nos critérios dos bancos para obter empréstimos ou financiamentos para sustentar seus empreendimentos. O levantamento foi realizado com 876 empreendedores, em um nível de confiança de 95%.
O levantamento mostra também que 51% dos microempreendedores entrevistados afirmaram já ter negociado dívidas com uma instituição financeira. Entre as principais razões, estão buscar termos mais favoráveis, ter parlamento com valores menores ou lidar com dificuldades financeiras.
Acesse a pesquisa completa no link.
“Os microempreendedores individuais são essenciais na geração de emprego na ponta e contribuem para que o país tenha crescimento em todos os setores. Conhecer a dinâmica de relação entre eles e as instituições financeiras é fundamental para dimensionarmos o nível de satisfação dos empresários com os serviços prestados pelos bancos, o quanto eles utilizam os serviços e a regulamentação a seu favor e o conhecimento sobre a legislação vigente. Desta forma, é possível orientá-los em suas principais demandas no dia a dia”, ressalta o analista do Sebrae Minas José Márcio Martins.
A pesquisa do Sebrae Minas analisou as modalidades de recebimento praticadas pelas empresas. Nove em cada 10 microempreendedores individuais aderiram ao PIX devido à conveniência, rapidez e ausência de custos. Por sua vez, o dinheiro ainda é a segunda modalidade mais aceita, praticada por 71% dos respondentes, por ser tradicional e não necessitar de infraestrutura adicional, como maquininhas ou contas bancárias. Já o cartão de crédito é utilizado por 59% e o de débito por 56%. A transferência eletrônica foi a quinta modalidade mais citada por 45% dos entrevistados. Um a cada quatro microempreendedores individuais aceitam os boletos como métodos de pagamento.
De acordo com o levantamento, 42% dos microempreendedores individuais já anteciparam pagamento de dívida bancária, enquanto 58% não o fizeram. Apesar disso, 51% dos respondentes afirmaram já ter negociado débitos com uma instituição financeira. Para 29% dos entrevistados, não houve necessidade de negociação, pois tinham o dinheiro para lidar com suas dívidas nos termos originais. No entanto, 15% relataram que não tinham dinheiro para negociar suas dívidas, o que pode refletir em dificuldades financeiras ou a percepção de que não seriam capazes de obter termos favoráveis na negociação.
“O acesso a crédito deve ser pensado com cuidado e de maneira consciente, pois ele pode ajudar a empresa ou prejudicá-la ainda mais no futuro. Sendo assim, o Sebrae Minas conta com todo o suporte para ajudar o empreendedor nessa jornada, ajudando-o a entender a real necessidade do recurso, sua finalidade e se possui capacidade de pagamento, para evitar que a empresa fique inadimplente”, comenta José Márcio Martins.
Fampe
O Fundo de Aval à Micro e Pequena Empresa (Fampe) é uma das alternativas para quem MEI tenha facilidade de acesso a crédito, por meio da concessão das garantias complementares, exigidas pelas instituições financeiras e, também, por meio do crédito assistido e atendimento da rede de agentes de crédito e finanças. Desde 2020, o fundo de aval já beneficiou quase 52 mil pequenos negócios, sendo 15 mil microempreendedores individuais em Minas Gerais, em um total de 240 milhões em empréstimos concedidos.
Para saber mais sobre o Fampe e como ter acesso o suporte do Sebrae Minas aos serviços financeiros, acesse o site credito.sebraemg.com.br ou vá a uma das Agências de Atendimento da instituição espalhadas por todo estado. Há ainda o atendimento gratuito pelo 0800 570 0800.
Acredita
O Sebrae lançou em 22 de abril em parceria com o Governo Federal o programa Acredita, com o objetivo de fomentar R$ 30 bilhões em crédito aos pequenos negócios, de maneira consciente e orientado, por meio do Fundo de Aval da Micro e Pequena Empresa e atendimento de toda a rede de atendentes e consultores da instituição. O usuário pode obter mis informações por meio do link.
Há também o Procred 360 lançado pelo Governo Federal, exclusivo para MEI e microempresa, cuja a expectativa é disponibilizar até R$ 12 bilhões de empréstimos por meio de instituições bancárias públicas e privadas. Os empreendedores poderão pagar o empréstimo em até 60 meses com a taxa de juros limitada a 5% + a taxa Selic. Hoje, com a Selic em 10,75%, a taxa seria equivalente a 1,3% ao mês.
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