A programação do 2°dia do Integra Chapadas promoveu uma troca de experiências entre os participantes com apresentações de estratégias e ações adotadas em algumas das Chapadas mais visitadas do Brasil. O evento aconteceu na quinta-feira (6), no auditório Afrânio Paixão, em Lençóis. As apresentações começaram com Luiz Rebelatto e Ana Clévia, que fizeram uma breve apresentação do Sebrae com resultados do projeto Líder, desenvolvidos em diversos territórios.
No segundo painel, foram destacadas algumas experiências realizadas na Chapada dos Veadeiros, Chapada das Emas e Chapada das Mesas, onde, de acordo com a analista da Unidade do Sebrae de Balsas, no Maranhão, Sandra Barcelos, são desenvolvidos trabalhos para promover ambientes legais em consonância com características do território, como por exemplo, a produção de grãos e o agronegócio.
Na programação da tarde, o gerente regional do Sebrae em Irecê, Erdilan Souza, apresentou dados do território da Chapada Diamantina, e destacou a atuação do Sebrae na Chapada há cerca de 25 anos. Entre os destaques, está o projeto de Cafés especiais da Chapada Diamantina, que atende aproximadamente 300 produtores rurais, além do fomento à produção de frutas vermelhas, como morango, mirtilo, framboesa e amora preta, que estão ganhando escala a cada ano. Para Edirlan, esse apoio oferecido pelo Sebrae aos pequenos produtores faz toda a diferença para o acesso a mercado, comercialização, profissionalização e busca de novos negócios.
“Estamos acompanhando de perto o crescimento dos produtores da Chapada, tanto dos cafés especiais quanto das frutas vermelhas. São consultorias especializadas, capacitações, acompanhamento técnico e tantas outras ações que dão suporte a essas atividades tão importantes para o desenvolvimento econômico de toda região. O Sebrae é um parceiro importante nesse contexto cultural, social e econômico”, afirmou o gerente.
Eduardo Guimarães, coordenador de Desenvolvimento Territorial do Araripe Geoparque Mundial da Unesco, localizado no município do Crato-CE, fez uma breve introdução aos impactos da chancela da Unesco para comunidades reconhecidas pelo selo de geoparque. Segundo ele, um selo da instituição pode representar que um território tem diferenciais em relação a outros. Ele apresentou resultados de ações adotadas na Bacia do Araripe, como projetos que atendem crianças na Fundação Casa Grande.
A apresentação de cases do dia foi encerrada com uma abordagem sobre a importância da criatividade, economia e desenvolvimento, conduzida por Beto Maciel que destacou a importância de explorar a economia criativa local e de agregar valor aos produtos e serviços ofertados. Ele compartilhou plataformas que dão suporte para quem quer empreender com criatividade, como por exemplo empresas que investem na geração de valor, identidade e inovação.
Durante todo o dia, os participantes puderam conhecer mais sobre produtos regionais nos stands disponíveis no circuito com degustação de cafés, cachaças, chocolates e outros, além experiências com imersão tecnológica que simulam uma viagem por meio de óculos especiais a atrativos naturais.
As atividades do dia foram encerradas com a apresentação teatral da peça “Lixo: 99 não é 100”, de direção de Marco Lobo, que aborda, de forma dramática, a relação cotidiana do abandono e a destinação do lixo na realidade atual.