Dia Mundial do Meio Ambiente: Sebrae Minas investe em ações de sustentabilidade no Noroeste e Alto Paranaíba | ASN Minas Gerais


Investir e apoiar iniciativas que promovam a sustentabilidade estão entre as prioridades do Sebrae Minas nas Regiões Noroeste e Alto Paranaíba. Diversas ações desenvolvidas no território reforçam a preocupação da entidade em favor da natureza. Na semana em que é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho, o Sebrae Minas destaca o seu trabalho pioneiro no estado em diversas frentes.

Para o gerente da instituição na região, Marcos Alves, em um mundo em constante mudança, com mercados consumidores cada vez mais exigentes, é necessária a adaptação e a reorganização dos empreendedores rurais para atender aos critérios ESG – conjunto de práticas, ações e tecnologias aplicadas no dia a dia, aliando o uso dos recursos do meio rural em consonância com os critérios de desenvolvimento em suas diversas cadeias produtivas. “Nós atuamos diretamente junto aos produtores rurais, com programas e ações com foco nas práticas sustentáveis, que vão além da preservação ambiental. São estratégias de atuação e que fazem parte do modelo de negócio”, reforça.

Confira abaixo as principais ações de sustentabilidade desenvolvidas pelo Sebrae Minas nas regiões:

Programa Restaurar

Com foco na revitalização e preservação de bacias hidrográficas, o Sebrae Minas, em parceria com o poder público e entidades locais, realizou nos últimos anos estudos e diagnósticos da região por meio do Programa Restaurar. A metodologia deriva do Zoneamento Ambiental e Produtivo (ZAP), ferramenta criada pelo Governo do Estado.

Desde 2019, foram feitos dez levantamentos sobre disponibilidade hídrica superficial, uso e ocupação do solo e ações para revitalização e conservação das sub-bacias hidrográficas das duas regiões. Mais de R$ 1.6 milhão foi investido, alcançando uma área de 1.503.447 hectares.

Os estudos do Restaurar já contemplaram bacias dos municípios de Paracatu, Unaí, João Pinheiro, Bonfinópolis de Minas, Chapada Gaúcha, São Gonçalo do Abaeté, Presidente Olegário, Coromandel e Serra do Salitre.

Carbono Neutro

Primeira Denominação de Origem (DO) de cafés do Brasil, a Região do Cerrado Mineiro conta com a aplicação das melhores práticas sustentáveis da cafeicultura. Com apoio do Sebrae Minas, por meio do Educampo, uma plataforma que oferece assistência gerencial e tecnológica intensiva para grupos de produtores da região, o território tem a maior área de fazendas com certificação de boas práticas do mundo.

Em 2022, produtores de Monte Carmelo, no Alto Paranaíba, lançaram o café de baixo carbono, rumo ao carbono neutro. O produto conquistou o certificado da Preferred By Nature, resultado do trabalho conjunto da Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado de Monte Carmelo (monteCCer), do Sebrae Minas e do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora).

O processo para verificar se o café produzido nas propriedades associadas à monteCCer era de baixa emissão de carbono teve início em 2018. Com o apoio do Sebrae Minas e a parceria do Imaflora, foram desenvolvidos e aplicados indicadores socioambientais que resultaram no inventário da sustentabilidade de 34 fazendas. Com os dados coletados sobre solo, fauna, flora, recursos hídricos, uso de defensivo e fertilizantes, o Instituto levantou o diagnóstico das emissões de CO₂ de cada fazenda e constatou que elas absorvem mais carbono do que emitem.

Cafeicultura Regenerativa

Em 2023, a empresa italiana illycaffè apresentou o primeiro café de agricultura regenerativa do país, o Arabica Selection Brasile Cerrado Mineiro. Todo o trabalho de preparação e certificação para entregar o produto com as melhores práticas sustentáveis também contou com apoio do Sebrae Minas, por meio do programa Educampo, em parceria com a Expocacer.

A Certificação em Agricultura Regenerativa teve a participação de doze fazendas atendidas pelo programa. Todas as propriedades conseguiram pontuação máxima para a certificação, comprovando que houve um aumento de substâncias orgânicas no solo, além de melhoria da biodiversidade, reequilíbrio das funções naturais do ecossistema, sequestro de CO2 atmosférico e melhora dos ciclos de água, carbono e nutrientes.

“Essa conquista do Cerrado Mineiro reforça mais uma vez o pioneirismo da região, como referência nacional e mundial na produção de cafés especiais”, ressalta o gerente do Sebrae Minas Marcos Alves.

Frutos do Cerrado

O Sebrae Minas atua também na promoção e valorização da sociobioeconomia do Cerrado. Na região do Grande Sertão Veredas o trabalho é desenvolvido em parceria com a Cooperativa Regional de Base na Agricultura Familiar e Extrativismo (Copabase), com sede na cidade de Arinos. O beneficiamento e a comercialização de frutos do cerrado, em especial a castanha de baru, contam com processo de manejo sustentável e boas práticas agroecológicas.

A sociobioeconomia é um conceito que reconhece o modelo das comunidades tradicionais para gerar renda e, ao mesmo tempo, garantir o fortalecimento da economia local e da biodiversidade. Além do baru, coletado por meio do extrativismo sustentável em reservas de cerrado, a região é rica na produção de frutas, como maracujá, acerola e goiaba, para a indústria de polpa.

Em 2023, a Copabase lançou a primeira castanha de baru orgânica com certificação IBD (Instituto Biodinâmico de Desenvolvimento Rural). Para a produção do baru orgânico, oito propriedades da região conseguiram se adequar aos requisitos estabelecidos pelo Ministério da Agricultura e passar pela inspeção do IBD.

Cerrado das Águas

Outra iniciativa que conta com a parceria do Sebrae Minas é o Consórcio Cerrado das Águas (CCA), uma plataforma colaborativa que une esforços entre empresas, governo e sociedade civil para a preservação, conservação ambiental e combate às mudanças climáticas.

A iniciativa, na região Alto Paranaíba reúne vários integrantes da cadeia produtiva do café, no intuito de restaurar paisagens produtivas sustentáveis e conscientizar os produtores sobre a importância de seus ativos ambientais.

Por meio do Programa de Investimento no Produtor Consciente (PIPC), a metodologia do ZAP foi aplicada nas bacias do Ribeirão Grande, em Serra do Salitre, e Ribeirão Santo Inácio, em Coromandel. Nesse projeto, o Sebrae Minas investiu cerca de R$ 144 mil.

Henrique Ulhoa

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Fonte: Sebrae

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