Com foco na COP 30, pequenos negócios de Altamira são preparados para exportar | ASN Pará


Empreendedores de pequenos negócios de Altamira e região, dos segmentos de moda, artesanato, cosméticos, alimentos e bebidas participaram, nessa segunda-feira (01), do Workshop gratuito “Trilhando Caminhos da Exportação Sustentável — COP 30”. O evento teve como propósito conhecer as possibilidades de exportar, aproveitando as oportunidades que a COP 30, que ocorrerá na capital paraense, em novembro de 2025, trará para os negócios de todo o estado. O evento ocorreu no auditório da Agência Regional Xingu.

“A COP 30 surgiu no meio de um processo de internacionalização que o Sebrae já vinha trabalhando, então, vamos vincular algumas dessas ideias de entrega de ações juntas ao evento. Queremos empresas que estejam em condições de fazer negócios no período da COP”, pontuou o analista da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae/PA, Roberto Bellucci, um dos condutores do Workshop.

A outra palestrante, a Mestre em Desenvolvimento Local e Especialista em Comércio Exterior, Lucélia Guedes, analisou que os negócios da região têm portifólio competitivo para atender as demandas do mercado externo. “A COP 30 vai alavancar ainda mais isso, e a região do Xingu, especificamente Altamira, tem um potencial com os produtos oriundos da biodiversidade, então, trabalhamos com o apelo da sustentabilidade. Nosso objetivo é que o empreendedor local se movimente para esse produto sustentável.”

Ela também explicou que o Sebrae se movimenta para que os pequenos negócios tenham os conhecimentos essenciais para entrar de vez Brasil afora, pois é uma expertise da instituição preparar empreendimentos no Pará para a exportação. “O Sebrae é um parceiro que pode transformar um negócio que tinha foco nacional para o foco internacional. Ele consegue preparar, por meio de seus consultores, a se adaptarem para que eles consigam vender os produtos da Amazônia que estão cada vez mais em alta.”

Internacionalização e valorização

Durante o evento, os participantes da capacitação assistiram a um vídeo da COP 30, aprenderam sobre a potencialidade dos produtos amazônicos, como o cacau e as biojoias; da oportunidade de consultorias para adequação dos produtos e das oportunidades para o mercado internacional. A empresária Verônica Preuss, da Kakao Blumenn Chocolate Artesanal, vencedora do Prêmio Mulher de Negócios Sebrae 2022 (PSMN), classificou o evento como uma oportunidade essencial para obtenção de direcionamento. “Não é difícil chegar no mercado internacional, é só questão de ter a informação certa e saber o lugar onde colocar nosso produto”.

De olho na COP, ela conta que sua empresa já faz ajustes nos produtos, como remodelagem nas embalagens, com informações em inglês; folder em quatro línguas e portifólio internacional, por exemplo.

O empresário no ramo de Amêndoas de cacau orgânico, Jedielcio Oliveira, que já tem experiência de mercado, afirma que exportar representa uma série de valores agregados a marca. “Quando você exporta um produto, você aumenta a renda das famílias produtoras, além de ser uma forma de reconhecimento, porque só se exporta algo que tem qualidade e legalidade”, explicou.

Jedielcio, que trabalha com produção de cacau com diferencial no nível de fermentação e certificação internacional, produzido sem agrotóxico, aconselhou: “Exportar não é difícil, difícil é se manter no mercado. Você precisa levantar potenciais mercados para seus produtos em outros países.”



Fonte: Sebrae

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