“No passado todos os dias fazia um trajeto até a escola que precisava passar em frente ao Sebrae e dizia pra mim que um dia estaria presente nos eventos, admirava a empresa e a quantidade de público que estava sendo acompanhado pelo Sebrae e me perguntava ‘porque, enquanto surda, não tínhamos as mesmas oportunidades?’ Esse dia chegou!”. Esse é o relato de Cássia Rocha, presidente da Associação de Surdos de Vitória da Conquista.
Este foi p relato de Cássia, participante do Café com Libras, evento promovido pelo Sebrae no dia 22 de maio, para 40 pessoas com deficiência auditiva de Vitória da Conquista. Para ela, esta foi a oportunidade de compartilhar conhecimento e estar junto de outras pessoas da comunidade.
“Fiquei muito feliz em participar de um evento específico para surdos. Estou participando e não estou só. Estou com a comunidade surda em maioria e ainda representando uma liderança na associação dos surdos da cidade. Ficamos felizes pelo convite. O evento foi proveitoso e destaco que nós, da comunidade surda, precisamos desse apoio não só do Sebrae e, sim, de toda a sociedade”, afirmou a presidente.
O objetivo do encontro foi promover a aproximação com a comunidade. Para a analista técnica do Sebrae em Vitória da Conquista, Simone Diniz, o evento proporcionou um benefício duplo: apresentar soluções e compreender as demandas de cada um.
“Apresentamos soluções que eles podem ter acesso, inclusive o site do Sebrae conta com o SAC Libras, para atender especificamente o público com deficiência auditiva. Além disso, ouvimos também as demandas deles que têm necessidades de empreender. Eles compartilharam as áreas específicas, e confirmamos o compromisso de apoiá-los nesse processo”, afirmou Diniz.
A intérprete de libras, Jaqueline França, também participou do evento e destacou a importância das conquistas que ela tem vivenciado junto à comunidade surda. “Estar presente em um evento onde socializamos com muitas pessoas tem um significado, mas participar de um evento específico e especial para os surdos da nossa cidade é um sentimento totalmente diferente. Isso nos mostra que cada vez mais estamos conseguindo romper com as barreiras da comunicação e incluir todos de acordo com suas necessidades”, concluiu a intérprete.
